Conheça os itens de segurança que agora são obrigatórios nos veículos

Desde o final de janeiro está em vigor a resolução 518 do Contran, que estabeleceu que todos os carros produzidos no Brasil devem contar com 3 novos itens de segurança.

A partir de 29 de janeiro, entrou em vigor a resolução 518 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece que todos os modelos produzidos no Brasil devem vir com encostos de cabeça e cintos de segurança de 3 pontos de série, destinados a todos os ocupantes. Além disso, deve haver fixações para cadeirinhas infantis do tipo Isofix.

Por isso, cintos de segurança traseiros de três pontos, encostos de cabeça para todos os ocupantes e fixações do tipo Isofix para cadeirinhas infantis passaram a ser itens de segurança automotiva obrigatórios no Brasil.

O controle de estabilidade já é um item incorporado aos novos projetos e esses novos itens visam garantir maior segurança aos ocupantes dos veículos.

1. Cinto de segurança de três pontos

O cinto de segurança de três pontos garante maior proteção aos passageiros, o que é vantajoso quando comparado ao cinto abdominal padrão que alguns carros possuem na posição central do banco traseiro, que possui apenas dois pontos de fixação.

2. Apoio de cabeça

O apoio de cabeça pode parecer um acessório comum, mas sua finalidade é dar maior apoio ao pescoço em caso de colisão traseira.

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3. Fixação do assento do carro

O tipo Isofix de fixação da cadeirinha de carro fornece pontos de ancoragem, tanto no veículo quanto na cadeirinha. Este sistema consiste em dois pontos de fixação localizados na base da cadeirinha de carro ou cadeirinha de bebê, que se encaixam em dois pontos do veículo, localizados no vão entre o assento e o encosto do banco traseiro. Um terceiro ponto de fixação pertence a um tipo de gancho na cadeirinha de carro, para evitar que o dispositivo se mova. Este ponto pode ser fixado na parte de trás do encosto ou na lateral do carro ou no chão, usando a mesma área de onde saem os cintos de segurança.

Segundo especialistas, as ancoragens para cadeirinhas infantis são o recurso de segurança mais difícil de ser adaptado pelas montadoras. Isso porque a ancoragem precisa ser conectada diretamente ao monobloco ou estrutura do assento, o que exige maior esforço em projetos de engenharia e diversos testes, incluindo simulações de colisões.

Aqueles que ainda não se adaptaram

Embora a norma tenha sido publicada há 5 anos, em janeiro de 2015, 5 modelos da Volkswagen ainda não possuem as adaptações necessárias exigidas por lei. São eles:

– Volkswagen Fox – não possui nenhum dos itens

– Volkswagen Gol – só tem encosto de cabeça, ainda não conta com todos os itens de segurança obrigatórios

– Volkswagen Saveiro, em suas versões cabine dupla – conta apenas com encostos de cabeça e cintos de segurança

– Volkswagen Up – só tem fixação Isofix para cadeira de criança

– Volkswagen Voyage – só tem encostos de cabeça

O CEO da Volkswagen, Pablo Di Si, disse à imprensa especializada do setor no final de janeiro deste ano que a fábrica adaptará seus modelos às regulamentações do país. Sobre a possibilidade dos modelos continuarem em produção no Brasil, o executivo afirmou que há possibilidade de alguns modelos serem alterados.

A Volkswagen também disse que fará os anúncios necessários no momento que julgar oportuno. Vale esclarecer que, caso a marca não faça as adaptações, esses modelos não poderão mais ser produzidos.

Outros modelos também estão desatualizados

Até o último dia antes da lei entrar em vigor, 6 modelos de 4 fabricantes, além da Volkswagen, ainda não ofereciam os novos recursos de segurança. Confira quais são eles!

– Citroën C3

– Fiat Doblo

– Fiat Grande Siena

– Fiat Strada

– Nissan Março

– Renault Kwid

As montadoras Fiat, Nissan e Renault disseram que já introduziram os recursos de segurança nesses veículos, e as versões atualizadas começaram a ser produzidas. A Citroën disse que a partir de 29 de janeiro de 2020, todos os veículos de fábrica terão o equipamento necessário.

No entanto, unidades já fabricadas e disponíveis nas concessionárias podem ser vendidas normalmente.

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Controle de estabilidade

A adoção obrigatória do controle de estabilidade, como item de série, em novos projetos de veículos está prevista para 2022.

O controle de estabilidade ajuda a manter o carro na pista. É um dispositivo que se enquadra no aparato de segurança ativa, ou seja, aquele que atua para de fato prevenir acidentes, e não apenas reduzir danos, como é o caso de outros itens.

A lei vale tanto para modelos novos quanto para aqueles que foram modificados. Para veículos que estão em produção e que passam por pequenas atualizações, como mudança de ano/modelo, ou mesmo alteração em seu design, a adoção obrigatória do controle de estabilidade está prevista para 2022.

Conhecido como ESC ou ESP, o controle de estabilidade geralmente impede que o veículo saia de sua trajetória original, segurando o carro em curvas mais fechadas, estradas molhadas ou escorregadias. Isso é feito por meio de sensores, que detectam que o carro está saindo do controle, fazendo com que a rotação do motor seja reduzida e, se necessário, aplicando os freios.

O controle de estabilidade é um importante recurso de segurança que vem sendo adotado há muito tempo na Europa e nos Estados Unidos.

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Descubra quais são os 13 novos itens de segurança do futuro

Contran divulga lista completa de equipamentos que serão regulamentados nos próximos quatro anos. A legislação brasileira fica atrás de outros países com mercados mais consolidados no que diz respeito à segurança e eficiência dos carros vendidos.

Por enquanto, os consumidores brasileiros alcançaram a obrigatoriedade de airbags frontais e freios ABS (antibloqueio), além de metas de emissão de poluentes.

Há 38 novas regulamentações que serão implementadas, envolvendo veículos de diferentes categorias, incluindo leves e pesados, com reboques e semirreboques. O objetivo da publicação da lista é dar tempo suficiente para a indústria se preparar e até mesmo se antecipar.

Quanto aos automóveis de passeio, há 13 itens regulamentados a serem adotados no futuro:

• Alerta de frenagem de emergência – deve alertar, por meio de sinais luminosos e/ou sonoros, sobre a proximidade do veículo a outro que circule mais lentamente à frente.

2) Sistema de visibilidade traseira – Esta é a popular câmera de visão traseira.

3) Atualização de regulamentos sobre buzinas – novos padrões para ativação e sons de buzinas serão estabelecidos.

4) Atualização da regulamentação sobre espelhos retrovisores – As normas para dimensionamento e funcionamento dos espelhos retrovisores serão modificadas.

5) Atualização da regulamentação de dobradiças e fechaduras – Serão adotadas novas normas para dobradiças e fechaduras de portas e porta-malas.

6) Atualização da regulamentação sobre proteção dos ocupantes, incluindo impactos frontais e traseiros – normas de segurança vinculadas aos reforços estruturais da carroceria.

7) Aviso de colocação do cinto de segurança – com avisos sonoros e/ou luzes de aviso no painel de instrumentos.

8) Proteção de pedestres – Não foi especificado se a regulamentação será em relação à detecção preventiva de pedestres.

9) Impactos laterais – prevê-se que sejam necessários reforços estruturais nas portas e pilares laterais, bem como a utilização obrigatória de airbags laterais e de cortina.

10) Aviso de manutenção de faixa – sinal visual e/ou sonoro, alertando que o motorista não está respeitando os limites de sua faixa.

11) Frenagem automática de emergência – Auxilia o motorista a frear com pressão adequada e, em alguns casos, atua de forma autônoma para frear o carro a tempo de evitar ou minimizar os danos da colisão.

12) Veículos acessíveis – estabelece a inclusão de equipamentos que facilitem o acesso das chamadas PCD (Pessoas com Deficiência).

13) Registrador de dados de acidentes de trânsito – uma espécie de “caixa preta”, como a dos aviões, para ajudar a investigar as razões e o resultado dos acidentes.