Excesso de confiança ao volante pode causar acidentes

A falsa percepção de que temos controle total sobre o ambiente do trânsito, baseada na crença em nossa própria capacidade e experiência, pode levar a acidentes.

Pode parecer estranho, mas um dos motivos que podem levar um motorista a sofrer um acidente no trânsito é justamente sua baixa percepção de risco, ou seja, acreditar que acidentes só acontecem com outras pessoas, dando pouca importância aos cuidados preventivos.

Um motorista que se acha perfeito se permite correr riscos, o que aumenta a chance de imprevistos acontecerem.

E por que isso acontece? Quem são as pessoas que dirigem e estão dispostas a assumir altos riscos?

Esse tipo de atitude é uma escolha que a pessoa faz ao dirigir e está relacionada à maneira como ela percebe o risco que corre no trânsito.

Segundo especialistas em segurança no trânsito, há motoristas que não acreditam na probabilidade de se envolver em acidentes e nunca imaginam que o acidente possa ser grave.

A avaliação do risco potencial de um acidente e o excesso de confiança, acreditando que podem controlar o veículo em um evento imprevisto e saber como lidar com qualquer situação, os leva a aceitar correr um alto risco.

É difícil identificar a percepção de risco de cada motorista, mas é importante saber que muitos estão muito pouco preocupados com a possibilidade de um acidente acontecer.

São motoristas que minimizam a noção de perigo nas situações e acham que sempre sairão por cima.

E o perigo é ainda maior com essa percepção distorcida.

Muitos de nós vivemos com um otimismo irrealista, com uma noção distorcida de risco, achamos que somos imunes e autossuficientes, como se não fosse necessário dirigir com cuidado, pois o perigo está longe.

Motoristas que excedem o limite de velocidade, segundo estudos, justificam seu comportamento dizendo que estão em controle total da situação.

Eles realmente acreditam que a velocidade que praticam não oferece riscos, principalmente quando se consideram experientes.

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Aumentar a percepção de risco para mudar comportamentos

É fácil entender que, se o motorista não percebe o perigo, suas escolhas e comportamentos não são mais adequados às situações de risco que o trânsito apresenta.

Se queremos educar para alcançar um trânsito mais seguro, é muito importante ressaltar que os motoristas precisam reduzir o nível de risco que estão dispostos a enfrentar.

A população precisa ficar atenta a essa questão, pois aumentar o nível de conscientização sobre riscos faz com que mais pessoas fiquem cientes dos eventos inesperados que podem acontecer com cada pessoa.

Essa é uma das principais formas de evitar acidentes e reduzir fatalidades no trânsito.

Outro fator que também influencia o comportamento dos motoristas é o seu nível de conhecimento.

Conhecer as leis de trânsito e melhorar a maneira de dirigir um veículo é dever de todo motorista.

Você concorda em mudar seu comportamento, aumentando sua percepção de risco no trânsito, como forma de alcançar uma mobilidade mais segura para todos?

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Comportamento dos jovens perante o risco

Quando se fala de jovens ao volante, o assunto inevitavelmente gira em torno de distração, inexperiência, comportamento de risco e trânsito.

É necessário manter alertas à população para aumentar a segurança no trânsito.

Mas isso só acontecerá se houver uma mudança de comportamento que considere a vida em primeiro lugar.

Para atingir esse objetivo, precisamos reconhecer comportamentos prejudiciais e incentivar práticas que possam trazer mudanças.

As atitudes dos jovens ao volante precisam ser analisadas, pois seu comportamento de risco faz deles suas maiores vítimas.

No mundo todo, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre os jovens. Na faixa etária que inclui crianças, de 5 a 29 anos, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte.

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O Conselho Federal de Medicina – CFM divulgou um relatório mostrando que entre 2008 e 2016, um total de 368.821 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito nas ruas e estradas do Brasil.

Levantamento feito pela entidade, que considerou os últimos 10 anos, de 2009 a 2018, mostrou que acidentes de trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de feridos.

Entre as vítimas graves, nos últimos dez anos (1.636.878), o CFM informa que 60% eram vítimas com idade entre 15 e 39 anos.

Do total, quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.

Em janeiro de 2019, 87 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo.

Segundo a Infosiga, 34 casos (39% do total) foram mortes de pedestres e 30 casos (34%) foram de ocupantes de motocicletas.

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Em 2018, o número de mortes de motociclistas em acidentes de trânsito foi maior do que o número de pedestres que morreram em acidentes.

Houve 366 vítimas fatais em motocicletas e 349 pessoas a pé.

Os dados são da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A maioria dos motociclistas mortos eram jovens entre 20 e 29 anos e trafegavam nas primeiras horas da manhã em rodovias da área urbana.

Do total de 366 mortes, 67 ocorreram na madrugada do fim de semana, sexta, sábado e domingo.

E um em cada quatro estava a menos de dois quilômetros de casa quando sofreu um acidente fatal.

Durante as fiscalizações, é comum ver jovens dirigindo sob efeito de álcool ou excedendo o limite de velocidade, e essas são as principais causas de acidentes envolvendo jovens ao volante.

O outro grande perigo é usar o telefone, seja para falar ou enviar mensagens de texto ou de voz.

Criar uma cultura defensiva entre os jovens exige maior acesso à informação, à escolaridade e também a bons exemplos.

Pais, parentes e a comunidade têm grande potencial para influenciar o comportamento dos jovens de maneira positiva.

Apesar de todas as precauções, imprevistos podem acontecer.

Mas algumas atitudes reduzem muito as chances de ocorrer um acidente.

Principalmente se estiver relacionado a simples negligência, por parte de jovens ou adultos.

Por isso, buscar entender as leis de trânsito, dirigir defensivamente, não dirigir após consumir bebida alcoólica, não usar celular ao volante, manter sempre a velocidade dentro dos limites estabelecidos e usar cadeirinha para criança são algumas atitudes simples e decisivas para proteger e preservar a vida.