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Inundações paralisaram trânsito em cidades neste verão

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2019 chegou com calor recorde, causando chuvas torrenciais no sudeste do Brasil, com alagamentos que paralisaram o trânsito, causaram mortes e danos materiais.

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A cidade de São Paulo viveu o segundo janeiro mais quente em 76 anos, desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a medir oficialmente as temperaturas.

A temperatura máxima média foi de 31,8 ºC, ligeiramente inferior à temperatura máxima média de janeiro de 2014, que foi de 31,9 ºC.


Altas temperaturas e alta umidade são ingredientes para a formação de nuvens de tempestade. Tanto na capital paulista quanto no interior, o calor provocou fortes chuvas.

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Essa alta temperatura representa um aumento de 3ºC acima da média histórica, que é de 27,8ºC. Um total de 26 dias em janeiro tiveram temperaturas máximas acima de 30ºC.

No Rio, no dia 3 de janeiro, a temperatura ultrapassou os 40ºC, e no bairro de Santa Cruz o calor chegou a 41,2ºC, segundo medições do Instituto Nacional de Meteorologia.

Essa foi a maior temperatura registrada na cidade desde 2015, quando o valor registrado foi de 42,8ºC.

Um aumento nas temperaturas médias tão abrupto como o que está sendo observado atualmente demonstra um sério desequilíbrio climático, resultando em chuvas torrenciais e inundações.

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A meta segura de temperatura global que o mundo ainda pode atingir é manter o aumento da temperatura em um máximo de 1,5°C.

Conforme acordado no Acordo de Paris, adotado em 2015, os países devem se esforçar para não ultrapassar essa meta ou haverá prejuízos para as regiões costeiras e cidades, que no Brasil constituem a maioria das capitais.

Inundações paralisaram trânsito em cidades neste verão

Imagem: Getty

Tempestades e inundações

No dia 4 de fevereiro, um temporal atingiu a capital paulista, causando alagamentos, queda de árvores e desligamento de semáforos.

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O engarrafamento chegou a 202 quilômetros. O rodízio de carros foi suspenso, com multas canceladas devido aos alagamentos.

O transporte público também foi afetado. Trechos das linhas e trens do metrô da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ficaram alagados. A queda de energia também suspendeu a operação das linhas do metrô.

Também devido às enchentes, os ônibus não conseguiram sair ou entrar em terminais rodoviários, como em Parelheiros.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 39 áreas alagadas em ruas e avenidas da capital, sendo que dez delas ficaram intransitáveis.

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A marginal Tietê, na altura da ponte das Bandeiras, registrou o ponto mais crítico, onde a água ultrapassou o nível das bombas, impedindo o escoamento da água.

O volume de água da chuva foi excepcional. No dia 4 de fevereiro, caíram 48,1 mm de chuva na cidade, ou 22,9% do volume total esperado para o mês de fevereiro, que é de 210,1 mm. Em Parelheiros, a chuva chegou a 163,5 mm em apenas 6 horas.

Fortes chuvas também atingiram o litoral paulista, principalmente em Santos, São Vicente e Peruíbe, com níveis também acima do esperado para todo o mês de fevereiro.

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Nesses municípios, ocorreram deslizamentos de terra e as entradas e saídas da cidade ficaram intransitáveis, pessoas ficaram isoladas e abandonaram suas casas, e os ônibus não circularam.

Medidas recomendadas para lidar com inundações:

  1. Evite caminhar por ruas alagadas;
  2. Não se aventure nas correntes em áreas alagadas;
  3. Encontre um lugar seguro e, se necessário, peça ajuda. Neste momento, a comunicação por celular é importante;
  4. Fique longe de linhas de energia; não fique sob árvores. Procure abrigo em casas e prédios;
  5. Abrigue-se em casas e edifícios;
  6. Planeje suas rotas, evitando áreas com engarrafamentos e ruas bloqueadas;
  7. Para saber quais estradas estão bloqueadas, ligue para a central de atendimento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no número 1188 ou acesse o site da CET para obter informações sobre a situação do trânsito nas principais vias.

Tempestades e inundações no Rio de Janeiro

No início de fevereiro, no dia 6, um forte temporal atingiu a cidade do Rio de Janeiro. Cinco pessoas morreram quando a chuva causou deslizamentos de terra, alagamentos em ruas e estabelecimentos comerciais, queda de árvores e deixou bairros sem energia elétrica.

Um gabinete de crise foi criado pela prefeitura e três dias de luto oficial foram declarados pelas vítimas.

Na Avenida Niemeyer, um trecho da ciclovia desabou e um ônibus foi atingido por um deslizamento de terra e uma árvore. O motorista conseguiu escapar com vida, mas dois passageiros morreram.

O município entrou em estado de crise. Meteorologistas disseram ter se surpreendido com a violência das chuvas e a velocidade dos ventos, que chegaram a 110 km/h, próximo a um tufão.

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Em alguns locais, choveu mais de 130 mm em quatro horas, principalmente perto da Rocinha e do Vidigal, segundo a Secretaria de Defesa Civil.

Na Rocinha, sirenes foram acionadas para orientar os moradores a procurarem abrigo fora de suas casas, devido ao risco de deslizamentos e desabamentos.

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O volume de chuva corresponde ao esperado para todo o mês de fevereiro.

O estágio de crise adotado pela Prefeitura é acionado quando ocorrem múltiplas enchentes, deslizamentos de terra e transtornos generalizados na cidade, situação em que equipes de emergência são acionadas para atender.

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Para os motoristas, a rodovia Grajaú-Jacarepaguá foi fechada no sentido Grajaú (Zona Norte), a partir da subida pela Freguesia (Zona Oeste), devido à queda de uma árvore. Além disso, não havia energia elétrica nessa região.

A Prefeitura recebeu seis pedidos de vistoria de estruturas que desabaram.

Situação em números, no Rio de Janeiro

– Houve queda de 64 árvores;

– 17 bolsas de água

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– 5 sirenes foram acionadas na Rocinha

– 600 funcionários da Prefeitura entraram em ação, entre agentes de trânsito e garis.

– Segundo a Defesa Civil, foram registrados 250 pedidos de corte de árvores.

Recomendações da Prefeitura do Rio

Em situações de tempestade, siga estas recomendações:

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  1. Só saia para a rua em caso de extrema necessidade;
  2. Evite dirigir ou caminhar em ruas alagadas;
  3. Não entre em contato com postes ou equipamentos em áreas alagadas, pois eles podem estar energizados.
  4. Evite o contato com a água da enchente, ela pode estar contaminada e causar problemas de saúde.

Inundações paralisaram trânsito em cidades neste verão

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