Meu carro foi rebocado! E agora?

Um carro rebocado geralmente representa uma despesa extra e um tempo precioso desperdiçado em procedimentos burocráticos. É melhor preparar sua carteira.

Quando um contratempo dessa magnitude acontece, a melhor coisa a fazer é descobrir como sair dessa confusão. E a primeira coisa a fazer é descobrir para onde o carro irá depois de ser rebocado, bem como o valor que você precisará pagar para liberar o veículo.

Um carro rebocado traz diversas consequências para seu dono. A primeira delas é uma multa, com adição de pontos na carteira de motorista (CNH), punição que pode variar dependendo se a infração é leve, grave ou gravíssima. Além das multas, há taxas exigidas no processo de liberação do veículo.

Há passos que o proprietário de um veículo terá que tomar depois que seu carro for rebocado. Esta é, sem dúvida, uma punição severa e o importante é entender por que isso aconteceu.

Por que seu carro foi rebocado?

Na maioria das vezes, um carro é rebocado por estacionar em local proibido ou estacionar ilegalmente. De acordo com o artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), existem diversas formas de estacionamento que são consideradas ilegais, como estacionar muito longe do meio-fio, estacionar na calçada, estacionar no lado errado da via, estacionar ao lado de outro carro em faixa dupla, estacionar em calçada com meio-fio rebaixado ou em frente a uma garagem. Essas são irregularidades que constituem uma infração que ensejará o reboque.

Existem outros motivos pelos quais seu carro pode ser rebocado, como ignorar a sinalização, estacionar em áreas comerciais e de serviço de carga e descarga, estacionar fora do horário permitido ou em vagas reservadas para idosos ou deficientes, se você não tiver identificação de permissão, são exemplos de motivos que podem levar seu carro a ser rebocado.

Entretanto, é importante ressaltar que caso o condutor esteja dentro ou próximo do seu carro no momento em que a autoridade de trânsito notificar a infração, ele poderá cancelar a punição retirando o veículo do local irregular ou proibido.

Meu carro sumiu, ele foi rebocado?

Se você não encontrar seu carro, não entre em pânico. É natural que a primeira coisa que venha à mente seja que o carro foi roubado, mas isso pode não ser verdade. O policial que ordenou o reboque do carro geralmente colocará um suporte de macaco no local onde ele estava estacionado e informará que ele foi rebocado.

Junto com o aviso, deve haver informações sobre o número de telefone para o qual o motorista deve ligar para obter mais informações. Em algumas cidades, informações sobre o status do carro podem ser encontradas no site da prefeitura local.

No prazo de dez dias, uma notificação deverá chegar pelo correio ao endereço do proprietário do veículo, o endereço listado na placa do carro.

Como proceder para liberar o carro?

O resgate do veículo pode ser feito pelo proprietário ou seu representante legal, desde que a documentação do carro esteja em ordem, sem restrições, como bloqueio judicial constante do registro oficial do veículo.

Para liberar o carro, você precisará ir ao Departamento de Multas de Trânsito ou ao órgão municipal responsável, dependendo da sua localidade, levando o CPF e o documento de identificação atualizados, além de uma cópia simples desses documentos.

Se a liberação for feita pelo representante do proprietário, uma procuração original com firma reconhecida deve ser apresentada se for para uma pessoa física. No caso de uma pessoa jurídica, a procuração deve ser acompanhada de uma cópia autenticada do contrato social da empresa.

Qual será o valor do pagamento?

Para que o carro seja liberado, não pode haver dívidas pendentes, como multas não pagas ou parcelas de IPVA em aberto. Por isso, o primeiro passo é quitar quaisquer dívidas pendentes registradas no veículo.

Além disso, você precisará pagar a taxa diária do estacionamento onde o carro ficou estacionado. Este é considerado um estacionamento e o valor é calculado com base no número de dias que o veículo permaneceu lá.

O gasto não para por aí, pois o custo da remoção também é cobrado. Os preços variam de acordo com o estado e o órgão oficial que cobra a taxa. Em novembro de 2019, a taxa cobrada na capital paulista era de R$ 673 pelo serviço de guincho. No Rio, o preço era de R$ 188,98.

Após pagar as taxas, você deve se dirigir ao pátio munido da autorização para retirada do carro, juntamente com documentos como o certificado de registro e licenciamento do veículo e a identificação estabelecida pelo Departamento de Trânsito.

Há um prazo de 60 dias para que o proprietário regularize a situação e retire o carro do pátio onde foi levado. Após esse prazo, caso o veículo não seja removido ele será leiloado, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

O que você pode resolver online

Hoje, existem muitos serviços que você pode resolver online, como licenciamento, declaração de roubo, segundas vias e outras questões relacionadas ao Detran.

O Detran é uma agência estadual e tem autonomia para determinar seus próprios procedimentos e regras, o que significa que seus serviços variam de estado para estado. Alguns estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, podem ter mais recursos do que outros.

A agência nacional é o Denatran, que aplica as leis de trânsito e supervisiona os Detrans estaduais. Em todos os sites regionais, você pode realizar várias operações online que simplificam sua vida. Por exemplo, estas são algumas das operações mais comuns:

IPVA

Verifique os valores a serem pagos pelo seu veículo ou dívidas pendentes. Para isso, você precisa ter em mãos o número do seu Renavan (Registro Nacional de Veículos). Para pagar, você pode usar os serviços de internet do seu banco ou nas agências.

Licenciamento

Você pode pagar suas dívidas e solicitar a entrega do documento de licenciamento (Certificado de Registro de Licenciamento – CRLV) pelo correio em sua casa. Para isso, o endereço registrado no documento do veículo deve estar atualizado e igual ao do destinatário. Esse serviço é oferecido pelos bancos em seus sites quando eles têm convênio com os Detrans, como é o caso do Banco do Brasil.