Motocicletas elétricas ganham espaço no mercado brasileiro

As scooters elétricas devem chegar ao mercado automotivo no segundo semestre de 2019. A startup pernambucana Voltz anunciou o acordo, que é resultado de um investimento de R$ 5 milhões. Criados em 2017 pelos mesmos donos do negócio de peças para motocicletas P2M, os modelos estarão disponíveis para atender a um novo e crescente nicho de mercado: o transporte compartilhado de motocicletas.

Descrição do veículo

Scooters ou motocicletas elétricas geralmente têm uma velocidade máxima de 60 km/h e um alcance de até 50 km. Elas têm uma bateria de lítio e podem ser recarregadas em pontos domésticos ou “ecológicos”. Pontos de carregamento estarão disponíveis em postos de gasolina, lojas de conveniência e cafeterias. O carregamento deve custar aproximadamente 1 kWh, dependendo da localização do usuário.

Na cidade do Recife, esse custo é de R$ 70 centavos e leva duas horas para recarregar a bateria até 70%, segundo o fundador da Voltz, Renato Villar. Seguindo a tendência atual de scooters e bicicletas, o empreendedor analisou a oportunidade desse novo negócio em um mercado que ele já conhece muito bem, que é o de motocicletas. Sua experiência em vendas na P2M, durante seis anos distribuindo peças de motocicletas em 12 estados do país, mostrou a ele a aceitação crescente de motocicletas leves, que se encaixam em um novo estilo de vida dos moradores das cidades.

O mercado crescente de scooters é formado por moradores urbanos, consumidores que buscam mobilidade e sustentabilidade econômica e que questionam a necessidade e a adequação de comprar motocicletas movidas a gasolina.

O empresário já foi à China mais de 6 vezes, para agora importar as principais peças que permitirão a montagem da motocicleta, que terá bateria cuja tecnologia é da empresa alemã Bosch.

Já há demanda para esse produto no Brasil. Serão três lojas no Brasil, a principal e maior em Recife e as demais em Fortaleza e Salvador. Há uma lista de espera, com 5.000 pessoas interessadas em comprar. Em Recife, o número de clientes interessados ​​é de 500. A empresa vai contratar novos funcionários nos setores financeiro, comercial e de marketing.

Motocicletas elétricas dominam a mobilidade na Ásia

O objetivo atual da Voltz é vender diretamente aos consumidores, mas ela também tem potencial para atuar em transporte compartilhado. Esse mercado é atualmente dominado por carros, que trabalham para a Uber e a 99. No entanto, diversas startups, apoiadas por investidores, estão investindo no mercado de compartilhamento de motocicletas.

Na Índia, de acordo com o The New York Times, as vendas de veículos de duas rodas excedem em muito as vendas de carros, em uma proporção de 6 para 1. Esse modelo pode ser seguido por outros países em desenvolvimento, como o Brasil. Lá, a Uber e outras empresas de compartilhamento de carros já estão buscando novas abordagens para manter sua posição no mercado.

O mercado indiano é o líder mundial em vendas de motocicletas. Aproximadamente 20 milhões de motocicletas novas são vendidas a cada ano em um país com uma população de 1,3 bilhão. As motocicletas mais vendidas variam de scooters de baixa potência a potentes Harley-Davidsons. Atualmente, há 200 milhões de pessoas na Índia licenciadas para pilotar motocicletas. As maiores empresas competindo por esse mercado são Vogo e Bounce. Em comparação, no Brasil, em 2018, foram vendidas 940,3 mil unidades.

Imagem: Pixabay / Capri23auto

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Scooter elétrica EV01

Matéria publicada em outubro deste ano informa que o Scooter Elétrico EV01, que foi lançado no Brasil pela Startup Voltz, é seu primeiro modelo, o VOLTZ EV01. O scooter tem autonomia de 60 km e pode atingir 60 km/h

A bicicleta pode ser totalmente recarregada quando conectada a uma tomada, e cada carga leva cerca de 4 horas. O fundador da startup, Renato Villar, que também é diretor da P2M, decidiu investir neste produto antes de qualquer outra pessoa, porque é uma tendência e também uma contribuição que respeita o meio ambiente.

Segundo informações de Renato Villar, o preço do primeiro modelo será de aproximadamente R$ 9.000 (cerca de 2.014 euros). Ele estará disponível nas cores branco, preto, azul-marinho, cinza, azul, vermelho e laranja.

Em viagens à China, para aprender sobre a tecnologia e os fornecedores e para garantir que o VOLTZ EV01 esteja em conformidade com as regras estabelecidas pelas autoridades nacionais de trânsito e atenda às altas expectativas dos consumidores.

Imagem: Pixabay / Didgeman

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Scooter Elétrica – o futuro é elétrico

Uma das principais dificuldades encontradas pelo fabricante foi trabalhar com baterias de lítio portáteis. As scooters que predominam no mercado chinês usam baterias de chumbo-ácido de baixa qualidade e precisam ser carregadas na garagem.

Este sistema não funcionaria no Brasil, porque a infraestrutura dos prédios não permite e também pela qualidade dos produtos. Por outro lado, as baterias utilizadas pelo Voltz EV01 são portáteis e podem ser removidas e recarregadas de qualquer lugar.

Modelo de vendas online

A Voltz venderá a scooter usando o mesmo modelo de negócios da Tesla, que usa vendas online e exposição em showrooms. A Voltz planeja montar showrooms em shoppings, centros de exposição e universidades. Nos showrooms, os consumidores podem ver a moto, mas as vendas são feitas online. A rede de 3.800 pontos de venda também fornecerá manutenção e peças de reposição. Os principais concorrentes da Voltz são a Yamaha e a Honda, que ainda não introduziram versões elétricas de suas motos no mercado brasileiro.

A produção do Haojue chinês

A Haojue é a maior fabricante de motocicletas da China, com tradição no mercado de motocicletas, tendo sido líder de vendas por 15 anos consecutivos na produção e venda de motocicletas na China. Em avaliações de clientes, a marca alcançou cinco estrelas em satisfação por 12 anos consecutivos.

Fundada em 1992, tornou-se a maior fabricante de motocicletas e autopeças da China, com uma rede de mais de 15.000 lojas no país. Em 2015, a participação da Haojue & Suzuki no mercado chinês foi de 15%, com vendas de 1.877.500 unidades..

Para disputar consumidores que buscam motos mais práticas para o dia a dia, as duas fabricantes asiáticas, a chinesa Haojue e a taiwanesa Kymco, começaram a vender seus modelos no Brasil em 2018. Elas estrearam sob a representação da JTZ Indústria e Comércio de Motos e dividem showroom em algumas concessionárias Suzuki, totalizando 33. A Haojue oferece vários modelos: cub, scooter e custom, enquanto a última conta com duas scooters.