Um veículo com perda total pode ser recolocado em circulação?

Se você já teve um veículo que foi perda total, provavelmente se perguntou se ele estava de volta à estrada. Estou certo? Se quiser saber mais sobre esse problema, leia este artigo.

Qualquer pessoa que possua um carro está sujeita a sofrer um acidente envolvendo roubo ou furto, ou até mesmo uma colisão que faça com que o carro seja considerado perda total.

Se essa pessoa tiver seguro de carro, ela ficará tranquila, pois saberá que será indenizada por essa perda.

Entretanto, nessa situação, ela provavelmente se perguntará: “Meu veículo destruído pode ser dirigido novamente?”

Essa é uma dúvida comum, afinal, quando um segurado é indenizado por perda total, o carro passa a ser propriedade da seguradora.

Se for um caso de roubo, por exemplo, ele poderá ser encontrado após o pagamento da indenização ao segurado, e ainda poderá estar em boas condições.

Neste caso, o que acontece com o veículo nesta situação? Leia o artigo e descubra!

Imagem: Getty

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O que acontece com um veículo que é perda total? Ele pode ser recolocado em circulação?

Há duas respostas diferentes para essa pergunta, uma para casos de roubo e furto, e outra para casos de incêndio, colisão, etc.

Afinal, são acidentes diferentes que podem causar danos muito diferentes ao veículo.

1. Veículo com perda total por furto ou roubo

Em casos de furto ou roubo, dependerá apenas da recuperação do veículo.

Se ele for recuperado após o pagamento da indenização ao segurado e estiver em boas condições, a seguradora pode vendê-lo em leilão e assim obter um bom lucro com o veículo.

Porém, se o carro foi recuperado com danos na lataria, ele acabará caindo na mesma situação dos casos de perda total por danos materiais. Veja abaixo.

2. Veículos com perda total por danos materiais

Em casos de perda total por danos na carroceria em que o custo do reparo ultrapasse 75% do valor do carro, a seguradora terá duas opções.

A primeira é vender as peças do carro para o ferro-velho se não houver mais como salvá-las.

No segundo, o carro pode ser consertado e depois vendido.

Esses casos podem acontecer quando é feita uma avaliação do veículo e a seguradora percebe que o retorno financeiro será melhor seguindo esse procedimento, mesmo que o custo desse reparo seja maior.

Quando a seguradora opta por consertar o carro, ela deve garantir que todos os danos serão reparados de acordo com as normas estabelecidas pelo Contran, conforme disposto na resolução 362/10 do Contran.

Nesta regulamentação, as falhas são classificadas por pontos e cadeias chamadas de “montanhas”. Entenda melhor como isso funciona:

1. Pequena montaria

Se o dano total não ultrapassar 20 pontos, o dano ao veículo será considerado pequeno. Portanto, é possível que o carro seja reparado e recolocado em circulação.

2. Montagem média

Se a soma dos danos estiver na faixa de 20 a 30 pontos, os danos serão avaliados como médios.

Isso significa que pode ter ocorrido perda total, mas saiba que a perda total considerada pela seguradora sempre se refere ao custo do reparo do veículo e não aos danos sofridos por ele.

Portanto, nestes casos o carro ainda pode ser recuperado, porém, esta situação deve estar descrita no documento do veículo.

3. Grande montaria

É considerado um dano maior quando o dano excede 30 pontos. Nessa classificação, o carro não pode ser usado novamente e deve então ser vendido para um ferro-velho.

Posso comprar um carro que já é considerado perda total?

Existem muitos leilões oficiais que vendem veículos a preços muito mais baixos do que o preço normal de mercado. Isso ocorre porque esses carros geralmente têm algum problema relacionado a dívidas ou acidentes.

Geralmente, aqueles com problemas de dívida são veículos recuperados por instituições financeiras de motoristas inadimplentes ou mesmo apreendidos pela polícia ou pela Justiça para quitação de dívidas de pessoas físicas ou jurídicas.

Quando os veículos presentes no leilão são relacionados a acidentes, significa que eles pertencem a seguradoras e foram recuperados de acidentes como furto, roubo ou até mesmo colisões menos graves.

Nestes casos é comum encontrar a palavra na ficha descritiva do veículo “recuperado”.

Esses veículos são colocados à venda em leilões utilizando a mesma classificação mencionada acima, criada pelo Contran.

Em outras palavras, se você encontrar um carro classificado como “recuperado”, você saberá qual é a real situação dele e poderá até negociar um desconto.

Comprar um veículo em leilão pode ser muito vantajoso, justamente pelo preço baixo.

No entanto, vale lembrar que esses veículos são difíceis de segurar depois de recuperados, pois acaba sendo difícil para a seguradora garantir que o carro realmente esteja em condições aceitáveis.

Portanto, se você comprar um veículo classificado como tal, solicite recibos de reparos e peças substituídas no veículo. Isso pode aumentar suas chances de obter cobertura de seguro para o carro.

Mas afinal, um veículo com perda total pode ou não ser recolocado em circulação?

Sim, você pode, e essa possibilidade dependerá exclusivamente do tipo e da gravidade do acidente sofrido pelo veículo.

Se o dano for pequeno, ele pode ser reparado e colocado de volta em circulação. Caso contrário, a única opção é vendê-lo para o ferro-velho.

Então, se você sofreu uma perda total, mas acha que seu carro não desapareceu completamente, há uma boa chance de encontrá-lo novamente na rua, em posse de outra pessoa.